domingo, 25 de janeiro de 2015

DE VOLTA PRA CASA

Além da porteira cerrada havia um sonho distante, um pedaço de vida deixado pra trás, que voltou à memória a cada curva do caminho que levava ao torrão natal.
A alegria estampada em sorrisos largos e nos "causos" de infância os levavam de volta ao mundo das lembranças, das lágrimas e vida no campo.
Foi uma viagem recheada de histórias pra contar. De casos dignos de filme de faroeste, com garruchas, espingardas, cavalos e moças roubadas e outras pitorescas  semelhantes às épicas cenas de Mazzaropi, vividas  por crianças geniosas e atrevidas, que na rusticidade da vida, desdenhavam do perigo. 
O que me levou até lá, além do fato de uma promessa a ser cumprida, foi a minha sede de aventura, trilhar novos caminhos em estradas de terra batida, permeada de sulcos feitos por erosões. A cada porteira transposta, um novo cenário surgia, com paisagens dignas de postais, onde montanhas de pedras ganhavam um colorido azul acinzentado,quando banhadas pelos raios de sol. Do céu pequeno (Tarumirim) até a pedra escondida (Itanhomi) a estrada segue serpenteando serras, dobrando os montes do leste mineiro. A chegada em Itanhomi foi bastante comemorada pelos irmãos, que depois de quarenta anos retornam ao local de nascimento. A empolgação por rever velhos amigos e voltar ao terreno onde foram criados era evidente em seus gestos. Após uma breve parada na cidade, seguimos para o tão almejado destino, os distritos de Carneiro de Santa Luzia e Borges. Lá completamos nossa viagem, que realizou sonhos antigos e satisfação pessoal. 


































Diário de Bordo - NAS LONJURAS DESTA TERRA

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